05/12/2006

Ainda a torcer por ti...



Esta é uma imagem do Verão do ano passado. A Blau está de rabo virado para nós, mas a apanhar aquele sol de final de tarde que ambos adoram.

Hoje, às 2 da tarde em ponto, telefonei para a veterinária, para saber novidades da menina.

As notícias eram para já positivas, isto é, apesar da delicada intervenção, com anestesia geral e recorrendo a sotura, a periquitinha estava já empoleirada e a receber os mimos do seu companheiro (que se chamava Simão, mas que deixou de o ser a partir do momento em que este nome se associou ao Benfica...)

Aliás, toda a gente na clínica ficou maravilhada com tamanha dedicação por parte do namoradinho. A Blau perdeu muito sangue e ainda está em risco. Não a poderia ir buscar ainda hoje, mas poderia passar para vê-la e assim o fiz.

Quando cheguei, vi de facto que a bichinha estava bastante abalada, de patinhas abertas e fragilizada. Apesar de tudo comeu e parecia sentir-se bem a receber os mimos insistentes do seu gaijinho.

Estou obviamente ainda preocupada, pois é difícil fazer prognósticos para um corpinho de 40gr! Mas com tanto miminho, acho que vai ser uma grande ajuda.

De todos os animais que tive, estes são os únicos que emparelhei. De resto, a Brigite (dalmata), a Natacha (gata siamesa) e agora o Gasparinho (gato persa) foram sempre solitários, no que ao amor intra-espécie diz respeito. Sim, porque do amor-lato, aquele que eu posso dar, eles têm que se farta...

A Blau surgiu na vida deste passarinho-que-se-chamava-simão porque a periquita com quem ele vinha inicialmente (e que era uma jóia, daquelas que pedem mesmo para sair da gaiola e assim) morreu afogada no bebedouro - aliás, teve um ataque cardíaco e caiu para cima do bebedouro.

Decidimos então ir ao Fonte Nova comprar-lhe uma "dama" e era ela. A Blau nunca foi muito expansiva. Nunca gostou muito de contacto e até era muito reguila para o passarinho-que-se-chamava-simão. Mas ele soube levá-la na certa e agora, tal como um verdadeiro casal, ajudm-se até na doença, como se de um matrimónio se tratasse.

Com tantos abortos provocados, não sei se outros maridos suportariam de forma tão sagaz este matrimónio. Mas este está a suportá-lo e parece fazer exactamente aquilo que deve ser feito.

Amanhã volto a telefonar de manhã. Sei que ela está bem (acompanhados por outros canídeos em convalescença) e se tudo correr bem vou buscá-la à tarde, assim que sair da escola.

Hoje não consigo mais do que este relato mais ou menos sofrido e temeroso.

Mas dorme bem e voa para mim o quanto antes. Até o Gaspar já estranhou a vossa falta e também mia por vocês, em solidariedade.

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